Carta que eu nunca tive coragem de te entregar


Oi,
Eu sei que você anda sem tempo, ocupado, com mil coisas na cabeça.
Mas e eu?
Você já parou pra pensar como é estar desse lado, esperando uma resposta que nunca vem?

Eu não tô te pedindo o mundo.
Não tô cobrando presença constante, nem promessas.
Tô só tentando entender se ainda vale a pena insistir.
Se você ainda sente algo por mim ou se eu tô sozinha nessa.

Já tentei respeitar seu tempo, seu espaço, seu jeito.
Excluí redes sociais, parei de mandar mensagem, me contive tantas vezes…
só pra não parecer demais.
Mas dentro de mim, tudo era muito.
Muita saudade, muita dúvida, muita vontade de te ver, de ouvir um “sim”, de saber que você ainda me quer.

Eu te perguntei se podia te ver.
Uma pergunta simples.
Mas a resposta nunca veio.
E é esse silêncio que me machuca mais do que qualquer “não”.
Porque o “não” ao menos me liberta, me dá um caminho.
O silêncio me prende no nada.

Eu tô cansada de me perguntar se você quer ou não continuar.
Cansada de me sentir sempre um passo atrás.
Você me toca como se quisesse o mundo comigo, mas depois age como se eu não fosse nada.

Se você ainda sente, me fala.
Se não sente, também.
Mas, por favor, não me deixa nesse vazio de novo.

Porque amar sozinha também cansa.
E eu tô quase desistindo de sentir tudo isso sozinha.

Com carinho (e um pouco de dor),
F.





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